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22 março, 2024

MULHERES DE TERREIRO DO CEARÁ REALIZAM I ENCONTRO ESTADUAL: CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, RACISMO E MACHISMO

 

Evento acontece no Cuca do Mondubim na quarta-feira, 27 de março, com o início às 15h 

 

 
O Instituto Carta Magna da Umbanda - ICMU - do Estado do Ceara realizará no dia 27 de março. no Cuca do Mondubim o I Encontro Estadual de Mulheres de Povos de Terreiro.


O Encontro tem como objetivo  promover a equidade, defender e alavancar os direitos dos povos de terreiro, combater a intolerância religiosa, o racismo e o machismo. O ICMU, através do seu presidente, Pai Gérson da Mãe Maria e de toda sua diretoria, busca  através de eventos como este, dar visibilidade aos povos de terreiro e garantir o respeito do poder público e da sociedade civil.


Para o primeiro momento do Encontro, O ICMU convidou representantes de órgãos públicos do  poder judiciário e  do Executivo ligados à Prefeitura de Fortaleza, ao Governo do Estado do Ceará e ao Governo Federal. O objetivo do debate é chamar a atenção do poder público para a temática do Encontro e ver quais ações estão em curso por parte desses órgãos.


O segundo momento acontece com a presença das autoridades religiosas de terreiro. Para mãe Taty “Esse encontro visa reivindicar nossos direitos como mulheres de terreiro, lutando contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo e o fascismo que tanto nos atingem. Nossas pautas não são únicas”.
 

 


06 dezembro, 2022

Uma festa punk

 

Livro conta história do Movimento Punk de Fortaleza a partir das experiências de um dos seus primeiros integrantes

No sábado, 10/12, haverá o lançamento do livro “Os velhos dias”, de Will Lezado Ruas. O livro traz parte significativa da história (ou das histórias) do Movimento Punk de Fortaleza, contada por um dos seus primeiros integrantes.

Um misto de diário pessoal, tratado etnográfico, manifesto político, livro de poemas e canções e documento histórico.

O texto foi manuscrito pelo Lezado em um caderno escolar, circulou, depois foi datilografado por ele mesmo em uma máquina de escrever doada por um amigo, circulou mais um pouco e agora chega em formato impresso pela ação dos próprios integrantes do movimento. Nesse novo formato está mantida a ideia original do projeto gráfico da fotocópia e máquina de escrever. O livro traz ainda várias fotos da época em que foi escrito e está sendo publicado em um projeto coletivo da DIYfusão Editora.



Lá estão os festivais , a falta de perspectiva da juventude pobre e periférica de Fortaleza no final dos anos 80 e começo dos anos 90, as festas, as prisões, mortes, as reuniões, passeatas etc. Mas também muito lirismo e coragem pra viver e enfrentar o capitalismo. Com música e rebeldia.




Certa vez vi em um jornal local cujo objetivo parecia ser chamar a atenção para um vocalista de uma banda daqui, a história mal contada do movimento, idolatrando a figura do Dedé Podre e baseada em um cara que morava na suécia e tinha cadernos com escritos do Dedé e sobre o movimento.

Contestei. Não precisa ir a Suécia para saber a história do punk em Fortaleza, que não se resume a uma figura. Muitos dos/das integrantes estão vivos. Alguns/algumas, ainda punks. Até hoje fico (fico?) admirado com a falta de estudos e publicações (com exceção dos zines publicados pelos integrantes do movimento) sobre o punk em Fortaleza, quiçá no Ceará. Este livro preenche parte dessa lacuna.

O lançamento será durante o Festival de Filmes Punk e Anarquista de Fortaleza e terá show de bandas punk, inclusive da Grilus Sub, banda na qual o Lezado tocou por vários anos. Haverá também  feirinha e outras atrações. O lançamento é também uma homenagem póstuma, pois o Lezado faleceu em 2018.

Serviço:
Lançamento do livro “Os velhos dias”.
Quando: sábado, 10 de dezembro, a partir das 15h
Onde: Las Crias, avenida da Universidade, 2064
Preço do livro  para pré-venda: R$ 25,00


28 setembro, 2022

NO DOMINGO, ELES PASSARÃO. NÓS PASSARINHO.

 


Artigo publicado em 28/09/22. Também no Portal O Povo

Não podemos dar chance ao genocida, que ocupa o cargo de presidente, a ter mais um mês de campanha,  arrastando para um segundo turno a eleição


Domingo eu vou votar. E vou votar com a certeza de que não estamos vivendo uma eleição normal. 

Como escreveu Conrado Hübner,  professor da USP, em artigo intitulado  É voto de sobrevivência, não é voto útil:  “A eleição presidencial de 2022 converteu-se numa eleição existencial. Se quiser provas, percorra as páginas do jornal de hoje, de ontem, de amanhã. Não se compara com qualquer eleição entre 1994 e 2014. Nem mesmo à eleição de 2018. Por nenhum critério relevante. Somente a indiferença ou a cegueira à espiral da violência política, do armamento militante de grupo atiçado por filosofia política da supressão do mais fraco, levam a conclusão diferente.”

É uma eleição para começar a pôr fim à essa distopia presente na qual o Brasil se enfiou.

Um exemplo: temos 33 milhões de pessoas que não têm o que comer no país. Regredimos 30 anos em quatro. Para quem pode se alimentar, isso parece só um número. Não é. Essa fome não é a que você sente entre o almoço e o jantar. Sei porque já passei.

Não podemos dar chance ao genocida, que ocupa o cargo de presidente, a ter mais um mês de campanha,  arrastando para um segundo turno a eleição e facilitando uma  tentativa de golpe, aprofundando esse clima de ódio com agressões, assassinatos, mentiras e medo.

Bolsonaro se alimenta de ódio e confusão. Citando novamente Hubner “um segundo turno é a colher de chá que deseja: o prêmio de quatro semanas em que pode disparar, sem afetar interesses eleitorais de aliados, seu arsenal atômico”.  A eleição para presidente precisa ser resolvida em 1º turno, neste domingo.

Não há terceira via na luta contra o fascismo. Esse discurso de “despolarização” de Simone Tebet e, principalmente Ciro Gomes, podem dar a Bolsonaro o que ele quer. Até Xuxa e Angélica Huck, que já declararam voto em Lula, apresentam mais lucidez e compromisso.

Daqui até o dia 2, converse com parentes, amigos, colegas e até desconhecidos. Pergunte(se) o que melhorou na vida desde que esse elemento foi eleito. Vire votos.
E no domingo, vote contra o genocídio, o ecocídio, a fome, o fascismo e a corrupção. Lembre dos quase 700 mil mortos por covid e que muitos deles poderiam estar vivos. Lembre-se de Moa do Katendê, Marcelo Arruda, Antônio Carlos Silva e tantas outras vítimas. Vote contra a morte. Vote pela vida, pela paz e pela democracia. Citando o poeta Mário Quintana, e com a devida licença poética, quanto a esses que atravancam o nosso caminho,  “eles passarão/nós passarinho”.  Vote 13,  vote Lula!

E se for eleitor do Ceará, ouça o recado da governadora Izolda Cela: "Nem capitão cá, nem capitão lá."

09 dezembro, 2021

Uma gente careta e covarde

 


O que leva uma pessoa na condição social desse catador a pendurar esse trapo verde e amarelo em seu carrinho? Patriotismo por um país que o leva, devido ao desemprego, a um trabalho desumano e brutal, condição compartilhada por milhões, alguns até em situação pior? Tática de sobrevivência para não ser atropelado ou agredido por bolsominions, aqueles que odeiam pobres ? Um misto?

O que nos leva a aceitar passivamente, como se estivéssemos dopados, o genocídio, a corrupção escancarada, o aparelhamento das instituições e órgãos públicos e  a destruição do país?

A continuidade do governo Bolsonaro, o genocídio e essa destruição só são possíveis devido a Lira e a Pacheco (antes Maia e Alcolumbre), à maioria desse Congresso, constituída de criminosos, picaretas e vendidos, a Aras e ao acovardamento do STF.

As Forças Armadas são também mais que cúmplices. São artificies desse projeto, que teria naufragado sem a valiosa ajuda de Moro, Dallagnol, Tasso, Dória etc. Por trás, os grandes empresários, banqueiros, latifundiários e especuladores. É o óbvio, mas as vezes é preciso dizê-lo.

Seguimos rumo à barbárie e a destruição em um capitalismo ecocida e genocida, amparado pelas tecnologias da informação e com uma comunicação mediada por algoritmos. Meros espectadores do espetáculo do fim do mundo. Pessoas miseráveis. “Essa gente careta e covarde”.


Texto também publicad nos portais Segunda Opinião e O Povo Online

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