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19 outubro, 2024

Pai Gerson, presidente estadual do Instituto Carta Magna da Umbanda do Ceará, declara voto em Evandro Leitão e articula o apoio com outras lideranças religiosas

 

Foto realizada durante a 1ª Caminhada Contra a Intolerância Religiosa, em 15/11/23, no Centro de Fortaleza.

Pai Gérson,  presidente estadual do Instituto Carta Magna da Umbanda do Ceará, se pronuncia sobre as atuais eleições:  "Não podemos deixar que um candidato bolsonarista, cujos aliados praticam intolerância religiosa, um candidato homofóbico, negacionista, que discrimina mulheres, negros, GLBTs, e tem como aliados os que estão na atual administração da Prefeitura e representa esse sistema injusto, seja eleito e piore ainda mais a vida do povo da nossa cidade,  ampliando o preconceito religioso contra nós, povos de terreiro. Por isso, meu voto é 13. Vamos de Evandro Leitão!”

Foto realizada durante a 1ª Caminhada Contra a Intolerância Religiosa, em 15/11/23, no Centro de Fortaleza.

11 agosto, 2024

Documentário aborda a importância de Pacatuba na rota do café

Filme traz fatos curiosos e motiva reflexão histórica

Já está disponível para assistir no streaming, o documentário “Pacatuba na rota do café”, que aborda a história do café no Ceará, trazendo elementos importantes e curiosos sobre a cafeicultura e sua relevância na formação do município de Pacatuba.


O documentário vem recheado de histórias saborosas e outras nem tanto: de como o café chegou ao Ceará, no século, XVIII, sendo inicialmente plantado na Serra da Meruoca e de como, posteriormente, a elite traiu um acordo do rei de Portugal com os indígenas e desencadeou conflitos para plantar café nas serras. 

Outro exemplo, é que o pai do poeta Juvenal Galeno foi um dos introdutores do café em Pacatuba e que os voluntários da cidade, que iam pra Guerra do Paraguai, em 1860, se apresentaram ao lado da igreja Matriz , com um ramo de café atrás da orelha, o que mostra a importância da cafeicultura na época.

A diretora Eduarda de Lemos Pinho durante as filmagens


O vídeo se baseia em uma pesquisa sólida, tem um roteiro ágil e traz entrevistas com historiadores, especialistas e moradores, entremeando-as com belas imagens, principalmente da serra de Pacatuba, onde até há pouco tempo uma parte das pessoas não comprava café em mercearias ou supermercados, mas simplesmente colhiam e torravam o café em casa, tempo de uma vida mais simples e menos capitalista. Vale a pena assistir!


O documentário, dirigido e corroteirizado por Eduarda de Lemos Pinho, foi um projeto contemplado na Lei Paulo Gustavo - Edital da Secretaria de Cultura de Pacatuba (Ceará) e conta com interpretação em libras e legenda. Vale a pena ver


Serviço: Pacatuba na rota do café
Streaming: https://www.youtube.com/watch?v=lM_3TQQR5HQ
Créditos: Pesquisa: Eduarda de Lemos Pinho Roteiro: Eduarda de Lemos Pinho e Ton Almeida Direção: Eduarda de Lemos Pinho Assistente de Direção: Sivirino de Caju Produção: Eduarda de Lemos Pinho Captação de imagens: Sivirino de Caju Edição: Sivirino de Caju e Eduarda de Lemos Pinho Trilha sonora original: Gabriel Marquez e Sivirino de Caju Legenda: Eduarda de Lemos Pinho Intérprete de Libras: Islandia Castro @sentidosinclusos



07 agosto, 2024

Cine Molotov comemora 15 anos com exibição de documentário sobre presos políticos

 

Iniciativa independente leva cinema de forma gratuita a locais públicos


Agosto chegou e o Cine Molotov inicia as comemorações dos seus 15 anos, com a exibição do premiado documentário Escuridão na Terra da Luz, do diretor, produtor e fotógrafo Popy Ribeiro.

O documentário traz uma série de entrevistas com ex-presos políticos da ditadura militar de 1964, além de filhos de ex-presos e pesquisadores, fazendo um recorte de fatos ocorridos no Ceará.

O filme foi premiado como melhor longa-metragem na Mostra Olhar do Ceará no 32º Cine Ceará, sendo premiado também na Europa como Melhor Direção e Melhor Produção na 7ª edição do Marginal Art Festival de Madrid (Espanha), e selecionado na mostra Brasileirinho da Euroart Gallery na cidade de Leiria (Portugal).







A sessão acontecerá no 13 de agosto (terça-feira) às 18h30 na Praça Rosa Fonseca no Benfica, em mais uma parceria com o grupo Crítica Radical. Para debater com o público teremos a presença do diretor, é só chegar, se aconchegar e participar.


Essa sessão é uma iniciativa sem financiamento de editais

Você pode apoiar o cineclubismo independente, com a doação de qualquer valor pelo pix: cinemolotov@gmail.com (Banco Next - A. N. B.). Saiba mais no perfil do Instagram @cine.molotov.

Serviço:
Cine Molotov exibe Escuridão na Terra da Luz
Documentário, 90 minutos, direção de Popy Ribeiro
Dia 13 de agosto de 2024 às 18h30
Na Praça Rosa Fonseca - Rua João Gentil, 59, Benfica.
Aberto ao público.





22 julho, 2024

Mulheres em situação de rua usam sujeira para se proteger do estupro e da violência

O Brasil, como o restante das Américas, teve em seu passado mulheres indígenas e negras caçadas a laço e a dente de cachorro, para servirem aos homens no trabalho na cama. Essa herança colonial, impregnada de machismo, racismo e patriarcalismo, continua viva. E matando.
Recentemente a jornalista Beatriz Jucá escreveu artigo intitulado “No país que santifica meninas estupradas, não estamos seguras nem no elevador”. Ela fala do caso da menina Benigna, estuprada e morta e “que a igreja conta ter dado a vida e virado mártir para proteger sua honra e manter-se casta. Uma vítima de estupro, perseguida por um conhecido da escola e assassinada cruelmente virou símbolo da castidade. Mas Benigna não teve escolha nem decidiu morrer”. O artigo trata ainda de duas mulheres, uma jovem e uma idosa, recentemente apalpadas em elevadores.

Em 2023, o Brasil registrou um crime estupro a cada seis minutos. Os dados são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. “Com um total de 83.988 casos de estupros e estupros de vulneráveis registrados e um aumento de 6,5% em relação a 2022 o país atingiu um triste recorde. As mulheres são a maioria das vítimas e os agressores estão, na maior parte das vezes, dentro de casa.” Ou seja, as mulheres não estão seguras nem em casa e nem na rua.



E isso independente de classe social. É emblemático o caso de Jullyene Lins, ex-mulher do presidente da Câmara, que o denuncia por violência e cuja matéria da Agência Pública foi censurada, censura estendida a outros veículos que posteriormente noticiaram o caso.
Também recententemente o Intercept Brasil denunciou o caso de uma menina de 13 anos, obrigada pela Judiciário a manter uma gravidez por estupro. Conforme denúncias, o pai da garota fez “um acordo” com o estuprador e, com a ajuda de um grupo antiaborto (advogado, padre, freira…) entrou na justiça para impedir ou retardar o aborto da própria filha. “O caso mostra que, mesmo com a derrota do PL do Estupro, prevalece o direito do feto sobre o de uma menina estuprada – além de evidenciar a influência da direita religiosa sobre o judiciário”. O PL antiaborto, parido pela extrema direita e endossado pela bancada evangélica, previa que caso houvesse a interrupção de uma gestação de mais de 22 semanas, a mulher poderia pegar pena de até 20 anos, em alguns casos mais que o dobro da pena do estuprador, que pode ser de 8 anos. Artur Lira já sinalizou que pretende trazer de volta a pauta esse PL logo após as eleições municipais.
Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, “de todas as ocorrências de estupro verificadas em 2023, 76% correspondem ao crime de estupro de vulnerável, tipificado na legislação brasileira como a prática de conjunção carnal ou ato libidinoso com vítimas menores de 14 anos ou incapazes de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.”
Semana passada, conversando com um educador social que atua em um equipamento cultural, em Fortaleza, e no entorno do qual há uma praça com várias pessoas em situação de rua, ele me chamou a atenção para um fato: muitas das mulheres em situação de rua, sejam cis ou trans, andam com as roupas sujas de fezes, urina, mestruação...Segundo ele, não é por desleixo. O uso da sujeira é uma estratégia delas para se proteger do assédio e da violência sexual. A violência contra mulheres atinge todas as classes sociais. Mas quem é criança, pobre, negra, indígena ou está em situação de rua, sofre bem mais.
Haroldo Barbosa, jornalistahttps://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-07/brasil-registra-um-crime-de-estupro-cada-seis-minutos-em-2023
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colunistas/beatriz-juca/no-pais-que-santifica-meninas-estupradas-nao-estamos-seguras-nem-no-elevador-1.3533694
https://apublica.org/2024/06/reportagem-da-publica-sobre-arthur-lira-segue-censurada/https://www.intercept.com.br/2024/07/10/justica-obriga-menina-de-13-anos-a-manter-gestacao-apos-estupro-em-goias/

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